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- SNG ☠️ #9 - Amar sem regras (é sério!)
SNG ☠️ #9 - Amar sem regras (é sério!)
Hey! Dessa vez eu vim no dia marcado, hein? Você esperou muito por mim? Escolhi outra música fofa dessa vez. Depois que você escuta a primeira vez, ela não sai da cabeça. Chama O (Circle) do Onew.
Por que este papo de repente?
Vi umas semanas atrás uns posts no twitter que diziam “depois que comecei a ler romances LGBT, quando é uma história hétero acho meh”, o que para quem não nunca leu ou não tem amizades próximas do vale pode ter um certo número de conotações negativas, até um sentido de pirraça. Quando não é o caso.
Ao pisar no vale e deixar de ser hétero, ou cis, ou os dois, as regras de romance e relacionamento mudam, ou até deixam de existir. A mudança ou falta de regras explica, por exemplo, por que lésbicas casam tão rápido e por que gays trocam tanto de namorado.
Essa mudança é o mesmo motivo que faz mulheres gostarem tanto de Boys Love, mesmo que haja um personagem enquanto o ativo/uke e um passivo/seme, via de regra não equivale a um alfa e uma virgem.
Eu sei que você gosta de exemplos
Vamos voltar a um exemplo que eu já dei, de uma série que tem personagens muito bem feitos: Word of Honor.
Já no primeiro encontro dos dois em tela, tem Wen KeQing se aproximando bastante do outro mocinho, de buscar intimidade, de agir com proximidade e de não sair de perto, sentar juntinho, chamar de lindo, olhar com cara de bobo e tudo que você esperaria de um casal de anos, não de duas pessoas que estariam se vendo a primeira vez.
Vê quantas regras já foram quebradas aqui?
Expectativas de corte e romance todas jogadas no lixo, porque, dá para resumir assim, não tem papéis de gênero para performar. Não há a dúvida se a mocinha liga no dia seguinte porque ela precisa esperar o cara ligar. São dois mocinhos, qualquer um liga.
Esse tipo de proximidade é possível em romances duáricos, como chamam por aí quando há um romance entre um mocinho do gênero masculino e uma mocinha do gênero feminino. Entretanto, mesmo em romances duáricos, as regras de corte são mais comumente ignoradas em personagens LGBT, que já estão acostumados a não seguir regras de corte.
Ou talvez você goste de regras… qualquer que seja o motivo
Sabe quando você vê ou assiste um romance e a mocinha está estragando a própria vida para ir atrás do mocinho e você tem vontade de arrancar os próprios olhos? Isso tem um motivo. Ali, ela está reproduzindo tudo que é esperado da estrutura social machista, que ela abandone todos os seus sonhos para priorizar o cara.
Entretanto, se o romance é homoafetivo, esse peso das expectativas sociais ficam suavizados e você consegue aproveitar um romance super dramático sem sentir que tem alguma coisa muito errada ali.
É um caso em que, ao invés de se afastar das “regras do romance hétero”, elas estão abraçadas e, mesmo assim, não tem um peso equivalente, fica parecendo uma escolha honesta.
Fadas para fãs de Sons of Anarchy
Essas quebra de regras pode existir em romance duárico, como eu já disse, mas você precisa abrir o coração para a possibilidade, sabe? Se você quer começar devagar, não tem costume de ler literatura LGBT, mas quer ver o que seria uma história com menos regras, taaalvez Prince in Leather seja pra você. Está em inglês, infelizmente, e isso atrapalha um cado.
Aqui temos um mocinho que é fated mate da mocinha. Entretanto, ela não sente atração por ele por questões de magia. Ou seja, o mocinho vai ter que se virar e criar uma conexão de alguma forma. Ele vai ter que usar a criatividade. Também tem found family, o que é sempre legal.
Acho uma opção legal para quem está saindo dos livros de alfa com homens que rosnam, mas sente insegurança por onde começar a navegar.
Sextou?
Eu esqueci de publicar a news ontem (aaaa). Mas hoje foi para te acompanhar no almoço, ok? Vamos almoçar juntos este sábado então. Até o próximo date!