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SNG ☠️ #11 - Vingança também serve de motivação, ok? Acabei Bloody Romance pt.1!

Eu gostei muito de Bloody Romance. Não posso dizer que não gostei. E eu precisava falar sobre e comentar o que mais me chamou atenção na história toda. Não, não são a seita de assassinas. Vou falar da série, sem comentar nada que atrapalhe assistir, ok?

Também vou deixar o pop descolado pro próximo date e escolher uma baladinha introspectiva pra agora. Tummy do Tamino, que tal? Só porque eu quero indicar Tamino.

Sinopse? Sinopse

Bloody Romance é uma fantasia chinesa com elementos estrangeiros (xuanhuan) mas que mantém as lutinhas voadoras e pulsos girando como se batessem bolo durante as lutas. Amo? Amo!

A personagem principal é de uma família pobre e foi vendida para traficantes de pessoas para que a família pudesse comer. É no covil dos traficantes que ela encontra a primeira assassina de Guihua e recebe a oportunidade de sobreviver: se Qi Xue escapar do covil e se encontrar com a assassina fora da cidade, será levada para Guihua.

Isso é o primeiro episódio.

Em Guihua, Qi Xue vira Wan Mei, uma assassina que precisa sobreviver a testes e missões mortais junto de um assistente, que são chamados de sombras. Obviamente os dois se apaixonam, e até aí tudo bem. Mas uma sombra não pode se apaixonar pela assassina, a mestra da cidade quer matar todo mundo e a cidade está no meio de vários conflitos políticos.

Equilíbrio entre vingança e amor enquanto motivação

Pra mim, enquanto leitora e telespectadora, amor é a forma mais fácil de eu aceitar uma escolha de personagem. Já até conversamos sobre isso neste date aqui. Em Bloody Romance, vingança quase me convence como uma motivação ainda maior. Todo mundo tem rixa contra alguém ou contra a família de alguém. Rixas profundas que só podem ser curadas com sangue!! Sentiu o drama?

Cha Luo abraçada à sua sombra
[Mulher chinesa de maçãs do rosto altas, rosto grande, queixo pontudo e olhos pequenos vestida de vermelho abraça um homem vestido de azul, cabelos longos e cicatriz na bochecha esquerda]

Acredito que o equilíbrio entre amor e vingança fique mais intenso e visível na Metra da Cidade, Cha Luo.

Cha Luo se tornou assassina para se vingar das pessoas que quase causaram sua morte. Em Guihua, ela obteve mais rixas de sangue, principalmente por ter se apaixonado por sua sombra. O modo sanguinário de Guihua foi tão absorvido que Cha Luo tenta matar todos os personagens durante a história. Ela simplesmente não se importa se alguém vive ou morre, desde que a vingança se faça e ela fique com o amor dela.

E, deixa eu te falar, ela é boa. Além de cada assassinato ser bem justificado, até quando é contra os protagonistas. A cada flashback que conta de si, você vai tomando as dores dela e você pode terminar falando “Cha Luo matou foi pouco”, pois ela sofreu o pão que o diabo amassou e precisa continuar exercendo força bruta para manter o pouco de poder que conseguiu na vida.

Será que passei pano suficiente?

Vinagre, água oxigenada e bastante cloro até ficar tudo limpinho. E depois óleo de coco para recuperar minhas mãos, ai, ai. É interessante pensar que, se Cha Luo fosse a principal, torceríamos ainda mais por ela, acompanhando-a desde o início.

A narrativa do drama é como se contasse a história de cada Mestra da cidade de Guihua. Elas começam como meninas desesperadas buscando sobrevivência e precisam aprender a naturalizar violência, o que não é um caminho fácil. Enquanto não agem de forma violenta, essas meninas serão repreendidas e agredidas até conseguirem repetir o ciclo.

O que nos faz não passar tanto pano para Cha Luo é Wan Mei, que mesmo passando por diversas agressões, consegue manter alguns princípios. E mesmo Wan Mei, precisa esquecer que é uma boa pessoa pela própria sobrevivência. É o desejo de dar fim ao ciclo de horror que torna Wan Mei meu pequeno bebê de luz envolto em glitter e bordados florais.

E esse contraste que nos lembra: Cha Luo é vilã e (tecnicamente) não devemos torcer por ela.

Wan Mei, minha filha
[Mulher de rosto fino e juvenil vestida com tecido etéreo rosa bebe olha para o horizonte]

Te vejo no próximo date?

Acho que ainda não comentei tudo que eu queria de Bloody Romance. E, não fosse o final, com certeza teria virado um favoritos: tem personagens interessantes, uma ost linda, um estilo todo chique que mistura live action com animação estilosa imitando nanquim… aff. Pena o final.

Ah! Lembra que conversamos sobre romances sem regras? Starry Love também trabalha com regras bem flexíveis. Em fantasia, é possível construir uma ideia de harém reverso sem que seja harém reverso. A mocinha precisa que os fragmentos de alma do mocinho, são 3, se apaixonem por ela para que o mocinho reencarne na sua forma imortal. Achei muito criativo.

Obrigada China e Coreia por arrasarem no romance e por aquilo que eu marquei como spoiler <3

Se quiser ler Bloody romance, tem a fantrad em inglês aqui e para assistir, fansubs e o Viki.